quarta-feira, 17 de abril de 2013

EDUCAÇÃO E SÍNDROME DE DOWN


Uma boa educação é um bem enorme que produz benefícios pessoais durante toda a vida. Isso não é diferente para pessoas com síndrome de Down. Além de transmitir conhecimentos acadêmicos, a escolarização é um passo fundamental no desenvolvimento psicoafetivo e no processo de socialização. Conviver com pessoas de diferentes origens e formações em uma escola regular e inclusiva pode ajudar ainda mais as pessoas com síndrome de Down a desenvolverem todas as suas capacidades.
Antigamente, acreditava-se que as pessoas com síndrome de Down nasciam com uma deficiência intelectual severa. Hoje, sabe-se que o desenvolvimento da criança depende fundamentalmente da estimulação precoce, do enriquecimento do ambiente no qual ela está inserida e do incentivo das pessoas que estão à sua volta. Com apoio e investimento na sua formação, os alunos com síndrome de Down, assim como quaisquer outros estudantes, têm capacidade de aprender.
É importante destacar que cada estudante, independentemente de qualquer deficiência, tem um perfil único, com habilidades e dificuldades em determinadas áreas. No entanto, algumas características associadas à síndrome de Down merecem a atenção de pais e professores, como o aprendizado em um ritmo mais lento, a dificuldade de concentração e de reter memórias de curto prazo. Na seção Dicas para pais e educadores, você encontra diversas sugestões para facilitar a aprendizagem de pessoas com deficiência intelectual.
Educação inclusiva no Brasil
Seguindo os preceitos constitucionais de que toda criança tem direito inalienável à educação, a política na área da educação pública no Brasil nos últimos anos tem sido a inclusão dos estudantes com síndrome de Down e outros tipos de deficiência na rede regular de ensino, com um crescimento significativo do número de matrículas nos últimos anos. No entanto, nem sempre esta inclusão se dá de maneira satisfatória: geralmente faltam recursos humanos e pedagógicos para atender às necessidades educacionais especiais dos alunos. Mas nota-se que esta prática é generalizada e não ocorre por discriminação. A escola pública brasileira tem que melhorar muito, e acreditamos que a prática inclusiva pode contribuir para alcançarmos uma escola de qualidade para todos.
Algumas escolas particulares estão enfrentando dificuldades para modificar seu funcionamento e atender da melhor forma possível as necessidades de seus estudantes, com ou sem deficiência. No caso de pais de alunos com deficiência intelectual, os obstáculos aumentam – frequentemente, eles têm que pagar para que profissionais acompanhem seus filhos durante as aulas. Isso não está correto, assim como a postura de determinadas escolas que se recusam a matricular crianças e jovens com síndrome de Down alegando a falta de preparo para recebê-los.
O artigo 8º da Lei 7.853/89 especifica que recusar a inscrição de um aluno em qualquer escola, seja pública ou privada, por motivos relacionados a qualquer deficiência, é crime. Além de receber uma multa, os diretores ou responsáveis pela escola que se negar a matricular pessoas com deficiência podem ser punidos com reclusão de um a quatro anos.
Se a escola primária inclusiva no Brasil está apenas engatinhando, o ensino médio e o superior constituem um grande desafio. Ao mesmo tempo em que os alunos com síndrome de Down vão finalmente encontrando espaços para progredir e avançar na sua educação, as escolas e universidades precisam se adequar a esta nova situação. É possível notar que cada vez mais jovens com síndrome de Down concluem o Ensino Médio, com ou sem adaptações curriculares. Atualmente, existem pelo menos 20 brasileiros com síndrome de Down cursando o Ensino Superior em cursos não adaptados.

MÉDICO BRASILEIRO RECEBE PRÊMIO DA DOWN SYNDROME INTERNATIONAL


O geneticista e pediatra Zan Mustacchi recebeu o prêmio do Dia Internacional da Síndrome de Down, alta distinção oferecida pela Down Syndrome International a indivíduos que contribuem para a vida das pessoas com síndrome de Down. É a primeira vez que o prêmio, criado há quatro anos, é concedido a um latino-americano.
Com uma vida dedicada ao estudo e atendimento de pessoas com síndrome de Down, o Dr. Zan é referência nacional e internacional na área. Responsável pelo Departamento de Genética do hospital público Darcy Vargas em São Paulo e Diretor do CEPEC, Centro de Estudos e Pesquisas Clínicas, Zan também é coordenador de uma especialização lato-sensu em síndrome de Down. Além disso, é membro fundador da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, FBASD, e representante da federação no Conselho Nacional de Saúde.
Além de Zan Mustacchi, foram agraciados este ano na categoria científica o Professor Tony Holland, do Reino Unido, Chefe do Grupo de Estudo de Deficiências Intelectuais e do Desenvolvimento da Universidade de Cambridge, pioneiro nas pesquisas da relação entre síndrome de Down e Alzheimer, e a Professora Marie-Odile Réthoré, Diretora Médica do Instituto Jérôme Lejeune. A francesa, que dedicou a vida à pesquisa e aos cuidados de pessoas com síndrome de Down, foi colaboradora do Professor Lejeune, que descobriu o componente genético da trissomia.
Na categoria trabalho voluntário receberam o prêmio a autodefensora americana Karen Gaffney, nadadora de longa distância e presidente da Fundação que leva seu nome e promove a inclusão de pessoas com deficiência em todas as fases da vida, e Ratnasabapathy Sivanandam, de Cingapura, cofundador da Associação de Síndrome de Down e responsável por várias ações de inclusão na região da Ásia-Pacífico.
A cerimônia de premiação dos anos de 2013 a 2015 acontecerá no 12o. Congresso Mundial da Síndrome de Down em Chennai, na India, em agosto de 2015.

Zan Mustacchi é o primeiro latino-americano a receber prêmio da DSI


Se pudesse indicar um video seria este

simplesmente os 3 medicos de maior honra!!!
neste video discute avanços médicos e de inclusão para portadores da Trissomia do Cromossomo 21




http://www.ebc.com.br/infantil/para-pais/galeria/videos/2013/04/sindrome-de-down-os-novos-incluidos